Esse blog foi criado com o objetivo de tornar público a história de vida de uma mulher guerreira, nascida na cidade de Santo Amaro da Purificação, que fica a 72 km da cidade de Salvador.
Contexto histórico.
Santo Amaro, velha e tradicional cidade do recôncavo baiano, fundada em 1557, foi elevada a vila e a município em 5 de janeiro de 1727. Prioritariamente habitada pelos índios abatirás,que viviam em guerra com os tupinambas da Barra do Paraguaçu que vieram da Amazônia, que vinham em busca do pescado e do marisco oferecido naturalmente nessa região, e foram expulsos por eles desta localidade. Os primeiros portugueses chegaram na cidade de Santo Amaro no século XVI, e desde então a economia, e a colonização da cidade girou em torno cana- de- açúcar.
Santo Amaro foi sem dúvida a cidade que mais escravos possuiu, pois seus primeiros povoadores, os portugueses, ávidos de lucros, queriam tirar da terra o máximo que ela pudesse dar, surgindo o grande problema: a falta de braços. Os índios não se deixaram escravizar, e a terra pedia braços fortes e os portugueses ambiciosos voltaram- se para o continente africano. E assim juntaram-se as tres raças que deram origem aos mestiços santamarenses, herdeiros de força combativa, índole mansa e pendor para o sossego.
O labor rude e incessante do escravo foi elevando cada vez mais o progresso econômico, começando a surgir os engenhos metálicos e o homem gradativamente foi sendo substituído pelas máquinas que a industria do açúcar e do álcool tanto concorreram para o engrandecimento da comuna.
Com a colonização , e a habilidade gorvenamental de Tomé de Souza e Mem de Sá foram construidos varios engenhos, a primeira fábrica de açucar, iniciativa que redunda no espantoso desenvolvimento da Região e o Ancoradouro do Conde, onde os navios da navegação baiana faziam os transportes de cargas e pessoas entre Santo Amaro e Salvador, usando as vias fluviais para a exportação do açúcar nos primeiros anos do século XIX. É também desse período a instalação das primeiras ferrovias e estabelecimento de linha de navegação com a capital (1819 – Cachoeira, 1847 – Santo Amaro e 1852 – Nazaré)
No final do século XIX são implantadas as primeiras usinas, uma realidade sócio-econômica e tecnológica diferentes dos engenhos, e a economia açucareira sofreu grandes oscilações em
decorrência das próprias variações da lavoura sempre abalada por fatores internos e
oscilações do mercado internacional, contribuindo assim para a decadência dos mesmos, assim como a crescente produção cafeeira na região Sudeste, tornando necessária a migração da população para a cidade de Salvador em busca de emprego.
Sempre muito bom saber da história, me chama atenção até hoje estilo colonial da cidade e as manifestações culturais de origens africanas. Tem uma area de reserva ambiental hoje em dia que é utilizada como trilha e tem cachoeiras. No distrito de st. amaro, chamado pedra.
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Interessante saber que a história de Santo Amaro e sua luta contra a escravidão. Não é então à toa sua herança cultural!
ResponderExcluirEssa cidade de santo amaro é linda, ja passei por ela indo para cabuçu, mas não conhecia a história dessa grande cidade, assim como que ela era uma das cidades mais escravidas da Bahia. Parabéns Ninive!
ResponderExcluirParabenizo pela competência de mostrar todas as nuances do local.Deu vontade de conhecer!
ResponderExcluirRebeca, parabéns pelo blog! A história de sua avó se confundo com a história de Santo Amaro. Através do seu blog pude conhecer mais da importante contribuição deste lugar para a Bahia principalmente culturalmente.
ResponderExcluirConheço Santo amaro da purificação! Cidade linda, histórica e rica em cultura em geral!
ResponderExcluirContinue com o empenho do seu blog.
ResponderExcluirO conhecimento é algo que devemos partilhar, algo que ninguém nos tira.
Abraços!